Objetivo do Islã: adoração exclusiva a Allah




Por Prof. Wagner Montanhini

Objetivos do Islã

Os ensinamentos do Islã não são meros rituais ou mistérios sem qualquer razão. Pelo contrário, a revelação aponta metas bem claras e objetivas. Entre elas estão as seguintes:

A adoração exclusiva a Allah

Sem dúvida, a maior meta do Islã, assim como a sua maior contribuição para o bem-estar da humanidade, é a verdadeira e pura adoração exclusiva a Allah, sem associá-lo a nenhum parceiro. Esse é, na verdade, o principal objetivo e propósito de um ser humano. Allah diz: “Certamente, criei os gênios e os homens para que Me adorem” (51:56). Não pode haver uma meta mais honrosa ou nobre do que essa para um ser humano.

O monoteísmo puro é o único sistema de crença que oferece as verdadeiras respostas às perguntas que desconcertam praticamente todos os seres humanos: “De onde venho? Para onde vou? Para que existo?”

Quanto à pergunta “de onde venho?”, o Islã explica que os seres humanos são criaturas honradas criadas por Allah de uma maneira muito especial e têm a liberdade de escolher ser as mais nobres das criaturas ou estar na parte mais baixa do espectro. Assim, Allah diz: “Em verdade, criamos o homem com a mais bela conformação. Mas depois reduziríamos os incrédulos ao mais baixo dos níveis. Em contrapartida, aos crentes que agem corretamente reservamos uma recompensa incessante” (95:4-6).

A resposta à pergunta “para onde vou?” é que o ser humano se reencontrará com seu Senhor e Criador. Isso acontecerá após sua morte. Não haverá escape desse encontro. Nesse momento, a pessoa será julgada de forma justa e equitativa. Todas as ações que tiver realizado em sua vida serão analisadas. “Então, os homens se apresentarão em grupos [no lugar do julgamento] para comparecer diante de seu Senhor e conhecer o resultado de suas obras. Quem tiver realizado uma boa ação, por menor que seja, verá sua recompensa. E quem tiver realizado uma má ação, por menor que seja, verá seu castigo” (99:6-8). Este julgamento começará com sua ação mais importante: Sua atitude diante do Criador Misericordioso e Cheio de Graça que o criou, o provê, enviou uma guia, o advertiu sobre o castigo para aqueles que se afastam da verdade e prometeu uma grande recompensa para os que aceitam a verdade, são gratos a Ele e se submetem a Ele.

Quanto à pergunta “para que existo?”, o ser humano foi criado com o mais nobre dos fins: Adorar a Allah somente ou, em outras palavras, ser um verdadeiro e sincero servo de Allah. Pode-se imaginar todo tipo de metas que as pessoas têm neste mundo. Podem ter como objetivo acabar com as doenças do mundo ou alcançar a paz mundial. Em geral, essas admiráveis metas muitas vezes estão manchadas. Podem persegui-las por motivos egocentristas, como ser lembrados ou elogiados como a pessoa que fez tal ou qual coisa. Pode ser que queiram realizá-las enquanto dão as costas ao Criador, demonstrando arrogância e ingratidão, além de ignorância sobre como se alcançam as verdadeiras metas nobres. No entanto, todas essas metas, que podem ser consideradas como submetas, não estão à altura da meta que lidera a excelência da alma e das ações de uma pessoa, além da felicidade eterna no Além. Na verdade, toda meta realmente boa desta vida deve ser parte da verdadeira adoração a Allah.

Cumprir com o verdadeiro objetivo da pessoa e ter sucesso no encontro com o Senhor depende totalmente do seguimento de um monoteísmo verdadeiro e intacto. Esse é o monoteísmo que se encontra no Islã. Muitas pessoas dizem acreditar no “monoteísmo” e que só existe um Deus. No entanto, em muitas ocasiões, esse “monoteísmo” está manchado de várias maneiras. Em algumas das primeiras civilizações pré-modernas, as pessoas começaram a identificar “filhos” e “filhas” com Deus. Infelizmente, essa clara contradição ao monoteísmo puro foi levada até a era moderna por uma religião tão popular quanto o Cristianismo. É comum ouvir cristãos elogiando Jesus, agradecendo a Jesus e até mesmo orando a Jesus, em alguns casos esquecendo do “Pai”. Embora os cristãos possam recorrer a vários jogos lógicos para afirmar que ainda adoram a um só Deus, na verdade, isso não pode ser considerado um verdadeiro monoteísmo. De fato, a maioria – se não todos – os trinitários contemporâneos sustentam que Jesus está no mesmo nível que o Pai. Em outras palavras, eles perderam o monoteísmo puro.

Pode levar um certo tempo para os novos muçulmanos perceberem todas as maneiras pelas quais as pessoas associam parceiros a Deus sem praticar o verdadeiro monoteísmo. O cristão que se converte ao Islã pode reconhecer rapidamente que o que foi dito sobre a Trindade não pode ser considerado monoteísmo. Ao mesmo tempo, no entanto, pode ainda não perceber como a aceitação dos sacerdotes, por exemplo, como portadores da palavra final sobre a lei, é outra forma de associar parceiros a Deus. Nenhum sacerdote – nem nenhum ser humano, para o caso – tem o direito de anular

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